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terça-feira, 26 de outubro de 2010

ESCREVENDO: Você quer falar comigo?












Você quer falar comigo? Mande-me um e-mail:

pauloporpaulopnd@terra.com.br


AINDA QUE LENDO, OUÇA! Estelionatários da fé








Estelionatários da fé

Antigamente, mas não muito antigamente, ficávamos felizes quando sabíamos que uma igreja estava crescendo. Porque, para nós, naquele tempo, apesar de ser composta de gente e, por isso, com problemas de gente, igreja era sinônimo de ambiente tomado por Deus, impregnado da presença de Deus e com o propósito único de colaborar na aproximação das pessoas de Deus. Assim, porque para nós se fosse igreja era bom, qualquer que fosse o nome, não hesitávamos em aconselhar as pessoas para que procurassem uma igreja evangélica. Na nossa visão à época, uma igreja evangélica só poderia fazer bem.

Mas, infelizmente, as coisas mudaram muito e, sinceramente, hoje eu não tenho coragem de repetir o conselho. Por quê?

Com o advento do segmento neopentecostal, o nome igreja foi tomado de assalto por verdadeiros estelionatários da fé, lobos travestidos de cordeiros com uma ganância voraz e sem limites e, por causa disso, aconselhar alguém a procurar uma igreja pode significar mandar a Chapeuzinho Vermelho diretamente para a boca do lobo que não perdoa ninguém. Nem a vovozinha.

Cumpre-se hoje diante de nossos olhos a previsão do apóstolo Pedro em sua segunda carta: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas...”.

Em outras palavras, chegariam os dias que surgiriam líderes religiosos desonestos, verdadeiras raposas do inferno que, por amor ao dinheiro, por ambição, por ganância, usando de artimanhas próprias do diabo a quem servem, transformariam as pessoas, seus sonhos, seus problemas, suas dores, sua ingenuidade, suas expectativas e sua confusa fé em meios de se empanturrarem de dinheiro. E nisso eles são bons. E esses dias chegaram.

Continua semana que vem.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

NO CAMINHO: Não havia ninguém melhor?



NÃO HAVIA NINGÉM MELHOR PARA FALAR DE VITÓRIA SOBRE A MORTE?

Marcos 16:1-29

O Evangelho é tão divino que se tivesse sido fabricado como história, teríamos ainda assim que adorar a mente divina que o tivesse inventado.

A história toda jamais poderia ser “inventada”. Ela violenta toda a lógica humana quando se trata do objetivo de “vender uma verdade”.

Ao contrário, é a total falta de tentativa de convencimento na narrativa que a ela empresta total credibilidade. Entretanto, trata-se do estabelecimento da credibilidade pela vida de vidas transformadas e pela sua total falta de credibilidade como “testemunhas” humanamente críveis.

Ou seja: é o anti-testemunhal marketeiro presente no Evangelho aquilo que o põe numa categoria completamente nova.

Os exemplos disso são praticamente todo o Evangelho. Mas minha vontade aqui não é escrever um livro—e que longo e farto livro seria esse!—mas apenas oferecer uma simples ilustração da tese.

O texto de Marcos em epígrafe é uma ótima ilustração, até porque trata-se de uma narrativa sucinta e que em Mateus, Lucas e João têm “expansões” que em Marcos são apenas pontuais em sua constituição.

O que me interessa aqui são as testemunhas do fato mais fundamental da fé. Se fossemos usar algum critério de marketabilidade nenhuma delas seria escolhida. O Duda Mendonça não as aprovaria.

1. Mulheres nervosas vão cedo ao sepulcro e voltam assombradas dizendo terem tido uma visão de um jovem anjo que lhes disse que Jesus havia ressuscitado. Portadoras de uma percepção e ainda de um “recado” que deveria ser dado aos discípulos—incluindo Pedro, que havia traído a Jesus pouco mais de quarenta e oito horas antes—, tomadas de medo e assombro, nada disseram a ninguém. Que desperdício de informação.

2. Madalena, ex-protituta e ex-possessa, também presente no grupo das mulheres nervosas, ficou um pouco mais no jardim da tumba. Jesus aparece a ela. Conversam e ela explode em amor aflito por conte-Lo com suas próprias mãos. Ouve Dele a recomendação de que vá “contar aos discípulos”. Ela foi, mas ninguém creu nela. Com aquele histórico de descontrole emocional e afetivo, certamente Madalena não poderia ter sido escolhida como testemunha crível.

3. Dois homens caminhavam ao entardecer daquele dia. Jesus aparece a eles “em outra forma”. Lucas expande o ocorrido. Marcos faz dele uma “pílula histórica”. Eles voltam e narram o que lhes havia acontecido, mas o problema da “forma” inviabilizava o testemunho. Também não creram neles. Além disso, afinal, quem eram eles?

Finalmente, o próprio Jesus apareceu aos “onze” e censurou-lhes a dureza de coração, por não haverem crido naqueles que já o haviam visto ressuscitado dentro os mortos.

Se usássemos os critérios atuais, teriámos uma bela desculpa:

“Mas Senhor, o Senhor escolheu muito mal. Abusou de nossa credulidade”—certamente diriam os marketeiros cristãos!

Minha questão é uma só: por que Deus dificultou tanto a credibilidade do fato mais importante do Evangelho?

Afinal, se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação e vã a nossa fé, e também somos tidos por falsas testemunhas de Deus, pois asseveramos que Ele ressuscitou a Cristo, a quem ele não ressuscitou—se é certo que os mortos não ressuscitam!

Mas cremos que Jesus ressuscitou dos mortos, só não entendemos é porque as testemunhas oculares de sua ressurreição eram tão pouco críveis.

Se o critério fosse o da impressionabilidade incontestável, César, o Imperador, tinha que ter sido aquele a quem o Ressuscitado deveria ter visitado primeiro, em Roma.

Se o critério fosse o da oficialidade da fé, então o Sumo-Sacerdote Caifás deveria ter sido chocado pela aparição Daquele ao qual ele havia decidido que tinha que morrer.

Se o critério fosse o da legalidade, certamente Pilatos deveria ter sido agraciado com a perturbação da visão do Ressuscitado. Afinal, sua esposa já havia até mesmo sonhado com Jesus.

Se o critério fosse o do escracho político, Herodes deveria ter sido eleito como alvo ideal.

Se o critério fosse o da pureza de sentimentos e de continuidade histórica, Maria, a mãe de Jesus, seria uma candidata imbatível a receber a manifestação.

Mas não foi assim...

Mulheres nervosas, uma ex-prostituta, dois desconhecidos que ainda o viram “em outra forma”, são aqueles que recebem a manifestação.

Por que?

É que o Evangelho é divino em tudo. E é coerente em si mesmo em todas as coisas. Evangelho é Boa Nova da Graça de Deus. Anuncia que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo. E a proposta que o Evangelho carrega é coerente com a não credibilidade moral, psicológica e histórica de seus testemunhas.

Que ironia. Até mesmo na hora das horas não depende nem de quem quer, nem de quem corre e nem de quem merece. E mais: Deus é um Deus arriscado. Parece que Sua especialidade é sempre trabalhar com o inviável. Existe sempre uma porta para a lógica do escape—seja intelectual, psicológico, moral, político ou religioso—para quem deseja uma desculpa de descrença.

Assim a mais fantástica de todas as mensagens é veiculada pelas menos críveis de todas as testemunhas.

Testemunhos verdadeiros. Testemunhas mais que relativas ante a percepção dos preconceituosos sentidos humanos. Essa é a ironia.

A impressão que se tem é que Deus faz de propósito. Revela as maravilhas a quem não carrega credibilidade. Deus torna tudo mais difícil para Ele mesmo. Por que não usa caminhos mais fáceis?

Paira sempre uma dúvida em tudo. Tem-se sempre que passar por cima de preconceitos e presunções—sejam elas de que natureza sejam—a fim de se crer.

Ao final, depois de censurar-lhes a dureza de coração Jesus os envia ao mundo para pregar a toda criatura.

Gente sem credibilidade tem que anunciar a mais incrível de todas as mensagens a todo tipo de gente.

E por que?

Na minha opinião para que o processo inteiro seja sempre aquele que é fruto da graça e que se expressa por meio da fé.

Desse modo, ninguém deveria se gloriar. Nem quem prega e nem quem crê.

O problema é que os critérios se transformaram em outros.

Hoje em dia nenhuma organização cristã confiaria tão importante mensagem a seres parecidos com aqueles que Jesus escolheu para proclamarem Sua Ressurreição.

A “igreja” proíbe as pessoas de falarem por muito menos. Calam a boca dos que amam a Deus por quase nada. Desacreditam a mensagem em razão da relatividade do mensageiro toda hora. Assim, se tivesse dependido dos critérios atuais, as testemunhas da Ressurreição seriam o Imperador, o Sumo-Sacerdote, o Rei impostor ou, na melhor das hipóteses, uns poucos simpatizantes mas que eram importantes membro do Sinédrio, como Nicodemos ou José de Arimateia. A esses Deus reservou apenas o papel de carregar o corpo morto e deixa-lo numa tumba.

Os que viram a ressurreição, no entanto, não passariam nos nossos exames psicotécnicos e muito menos de credibilidade, seja moral, seja de estabilidade emocional, seja de bons antecedentes.

Deus, no entanto, decidiu diferente: o testemunho verdadeiro seria sempre pregado por testemunhas mais que relativizadas. E a razão é que Deus escolheu para falar de Sua vitoria sobre a morte somente aqueles que são apaixonados pela vida.

Mesmo que na existência tenham se fragilizado na busca do que fosse vida.

Ao final, entretanto, o que se ouvirá será sempre a mesma coisa: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor!

Caio Fábio

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

PARA RIR: O advogado

Um Advogado estacionou sua Mercedes noviha em folha na frente de seu escritório, pronto para mostrá-la para seus colegas. Logo que ele abriu a porta para sair, um caminhão passou raspando e arrancou completamente a porta. O advogado atordoado, imediatamente do seu telefone celular, discou 190 e, dentro de minutos, um policial chegou. Antes que o policial tivesse uma oportunidade de fazer qualquer pergunta, o advogado começou a gritar histericamente que a Mercedes que ele tinha comprado no dia anterior estava agora totalmente arruinada e nunca mais seria a mesma. Iria processar o motorista, Deus e o mundo, fazer e acontecer. Afinal era doutor etc.

Quando o advogado finalmente se acalmou, o policial agitou sua cabeça em desgosto e descrença. "Eu não posso acreditar no quão materialistas vocês advogados são", disse ele: "Vocês são tão focados em suas posses que não notam mais nada."

"Como você pode dizer tal coisa?" “O senhor. tem noção do valor de uma Mercedes”? Pergunta o advogado.

O policial respondeu: "Você não percebeu que perdeu seu braço esquerdo? Está faltando do cotovelo pra baixo! Ele deve ter sido arrancado quando o caminhão bateu em você.”

"Puts!” grita o advogado. "Cadê meu Rolex????"

PARA RIR: O mineiro e o fiscal do IBAMA











O mineiro e o fiscal do IBAMA

Um fiscal do Ibama recebe uma denúncia e vai verificar.Dirige-se para a casa de um mineiro. Chegando no local SEM se identificar, vai logotravando um diálogo:
Fiscal: - Bom dia!
Mineiro: - Bom dia, moço..
Fiscal: - Como vai a luta?Mineiro: - Difici.
Fiscal: - Tem caçado muito?
Mineiro: - Uai sô, a semana passada matei 20 piriquitim.
Fiscal: - Vinte?
Mineiro: - Fio, pega as cabeça dos piriquitim pro homi vê.
Fiscal: - E paca, tem caçado muito?
Mineiro: - Nossinhora, Só uma nessa semana. Fio, traiz a cabeça da paca..
Fiscal: - E outros animais silvestres, tem caçado muito?
Mineiro: - Um monte dês. Fio, traiz as cabeça dos otros bicho pro homi aquerditá.
Fiscal: - Não tem passado por aqui nenhum fiscal do Ibama?
Mineiro - Craro moço, semana passada. Fio, traiz a cabeça do fiscal prohomi vê.
Fiscal: - Até outro dia. Obrigado pela atenção.
Mineiro: - Não tem de quê... Vorte sempre!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PÔ, É POESIA! Soneto dos Professores










Soneto dos Professores


Trabalham muito, ganham uma miséria

Logo na Escola Princesa Isabel

Que, fosse viva, ficaria séria

Ao ver sua lei somente no papel.


Esse salário cheira a pilhéria

Daqui a pouco vão para o pinel

O Paulo, o Celso, o Quito, a Valéria

Solange, Tânia, Kátia... Deus do céu!


São uns heróis os nossos professores

E fazem muito jogo de cintura

Pra ir vivendo sem se deprimir


Se bobearem viram catadores

De papelão, na Rua da Amargura

E nós ficamos sem o CPI.


Paulo Natalino Dian


P.S.: Este soneto foi composto em homenagem aos meus professores na época em que eu fazia o ensino médio numa escola cujo nome era Escola Princesa Isabel e a sigla era CPI. Hoje, no Dia dos Professores, quero dedicá-lo a todos os mestres.