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quinta-feira, 5 de maio de 2011

PÔ, É POESIA! Sem rumo



















SEM RUMO

Caminha assim, ao léu, sem direção,
Qual carro sem chofer, na contramão.

Caminha sem saber o seu papel,
Na peça que o destino lhe pregou,
Olhando abobalhado para o céu.

Caminha sem sentir o próprio chão,
Pois se caminha o faz sem uma razão,
Que justifique o fato de seguir.

Seguir em frente, mas sem definir,
Aonde vai, se vai, fazer o quê?

Caminha e vai vivendo por viver,
Fingindo muitas vezes que está bem.

Porém às vezes deixa-se trair,
E externa então a sua frustração,
De estar se dirigindo como quem,
Caminha sem destino e ao léu,
Qual carro sem chofer na contramão.

Um acidente pode ocorrer.
Ou um milagre, e nada acontecer.

Mas onde encontrar o tal porquê,
Que possa impulsioná-lo a seguir,
Não como alguém que vai tão só por ir,
Mas como quem sobeja de razão,
Pra ser feliz e ter satisfação,
Naquilo que se faz, no seu papel,
E não como quem segue e lá no céu,
Mantém o seu olhar, talvez por crer,
Que algo que ao menos julgue o quê,
Reverta-lhe a sorte e então, feliz,
Erguido, enfim, da sua frustração,
Caminhe em pé e já não mas ao léu,
Desgovernado pela contramão,
Qual carro que trafega sem chofer?

Responda, por favor, quem o souber.

Paulo Natalino Dian

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