EU
Um dia alguém querendo uma história,
Que fosse além de qualquer pensamento,
Juntou, assim, de forma aleatória,
Num aparelho vários elementos.
Pegou um pouco dessa vida inglória,
Tristeza, angústia e muito sofrimento,
E tudo enfim que veio à memória,
Prá retratar, quem sabe, um sentimento.
Então ligou a máquina possante,
E transformou em pasta aquilo tudo,
Que sem conserva logo pereceu.
O que sequer pensou num só instante,
Talvez até por ser tão absurdo,
É que o produto tinha um nome: eu.
Paulo Natalino Dian (década de 80)
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