A semana que deveria ser santa
“...
eu sei que buscais a Jesus que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já
ressuscitou, como havia dito...” (Mateus 28:5-6).
Esta
semana, cuja sucessão de eventos se encerra no domingo, realmente deveria ser
santa. O povo cristão, de um modo geral, deveria separar, especialmente, os
quatro dias em seqüência, para dedicar-se à meditação, oração e serviço ao
próximo, única maneira de se servir a Deus, numa demonstração de reconhecimento
daquilo que Deus, em Cristo, operou a nosso favor.
Porque
foi numa semana como esta que:
5ª
feira: Jesus é traído por um dos seus, identificado com um beijo e preso
(Mateus 26:47-50). Na mesma noite tem início o seu sofrimento físico nas mãos
daqueles que o aprisionaram (Mateus 26:66-68).
6ª
feira: Jesus é julgado por Pilatos e achado por este inocente (Mateus 27:23-24).
A despeito disso, o povo opta pela libertação de Barrabás (Mateus 27:17-21;
Marcos 15:6-7). Jesus, então, é escarnecido, espancado (Mateus 27:27-31) e,
finalmente, crucificado (Mateus 27:32-34). Às 15h, Jesus morre (Mateus
27:46-50).
Nunca
é demais lembrar que:
1.
Para condenar Jesus, as autoridades religiosas
valeram-se de falsos testemunhos (Mateus 26:59-60);
2.
Judas, o traidor, declarou ser Jesus inocente
(Mateus 27:3-4);
3.
Pilatos concluiu que Jesus fora preso por inveja
(Mateus 27:18);
4.
A mulher de Pilatos entendeu que Jesus era justo
(Mateus 27:19);
5.
Pilatos e Herodes atestaram a inocência de Jesus
(Lucas 23:4, 14-15);
6.
Pilatos entregou Jesus para satisfazer a
multidão (Marcos 15:15).
Então, por que o mataram?
Sábado: A liderança religiosa judaica toma
providências junto a Pilatos, temendo um possível furto do corpo de Jesus
(Mateus 27:62-66).
Domingo: Jesus ressuscita dentre os mortos.
Os guardas desmaiaram... a pedra que lacrava o seu túmulo foi removida... Jesus
ressurgiu! (Mateus 28:2-7).
Os próprios críticos do Evangelho, que não
admitem o fato da ressurreição, são compelidos a admitir que alguma coisa muito
expressiva aconteceu, capaz de motivar e transformar aqueles assustados pescadores nas
testemunhas ousadas em que se transformaram. Para nós, o fato que deu novo
ânimo aos discípulos não foi outro senão a ressurreição de Jesus.
Em defesa
deste fato (segundo tradicionalmente se crê):
1.
Estevão e Tiago, o menor, foram apedrejados;
2.
Tiago e Paulo foram decapitados;
3.
Felipe,
André, Pedro, Judas e Simão foram crucificados;
4.
Mateus foi morto a estocadas;
5.
Matias foi apedrejado e decapitado;
6.
Marcos foi despedaçado por uma multidão;
7.
Bartolomeu foi surrado e crucificado;
8.
Tomé foi morto vazado por uma lança;
9.
Lucas foi enforcado;
10. João
foi exilado.
Eles morreram violentamente em defesa de um
fato incontestável: Jesus ressuscitou! A morte não pode reter o Príncipe da
Vida!!!
Nunca é demais
lembrar, porém, que “... Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniqüidades. O castigo que nos traz a paz estava sobre os seus ombros e pelas
suas pisaduras domos sarados...” (Isaias 53:5).
É para refletir e apresentar uma resposta a
tudo isto que esta semana, realmente, deveria ser santa.
Paulo
Natalino Dian
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